O Jardim São Cristóvão é onde a infestação superava 13% dos imóveis. Foto: PMU
O Serviço de Vigilância Ambiental segue firme com ações de combate à proliferação do mosquito transmissor da dengue, zica vírus e da febre chikungunya. A fiscalização e as orientações à população são constantes para eliminar os criadores e manter o controle da situação, porém as chuvas persistentes dos últimos dias elevam o alerta.
“A população já sabe bem o que precisa para evitar que o mosquito tome conta da sua casa. Mas é sempre bom reforçar os cuidados porque, com tanta chuva, tem sido muito comum encontrar recipientes com água parada, bem propícios à reprodução do mosquito. Precisamos do apoio e do envolvimento de todos na prevenção, para evitar que voltemos a enfrentar uma epidemia grave, como a do ano passado”, apela o chefe da Vigilância Ambiental, Carlos Roberto da Silva.
Os cuidados que devem ser tomados em casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais são simples: tampar tonéis e caixas d’água; manter as calhas sempre limpas; deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo; manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela; limpar semanalmente ou preencher pratinhos de vasos de plantas com areia; lavar diariamente com escova ou bucha os potes de água para animais; e retirar a água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
De acordo com a Vigilância Ambiental, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), houve um pequeno aumento de casos de dengue em Umuarama. Entre os dias 17 a 23 de janeiro o número passou de 48 (na semana anterior) para 51 casos confirmados nesta semana. As notificações de casos suspeitos (confirmados, descartados ou em investigação) subiram de 549 para 572 até o momento – aumento de 23 registros, desde a última semana.
“Como as chuvas persistem, favorecendo a reprodução do mosquito transmissor da doença, é importante reforçar as medidas preventivas e manter o quintal limpo, sem recipientes que acumulem água. A prevenção é nossa melhor arma para enfrentar a dengue, ainda mais neste momento em que atravessamos dificuldades na área de saúde por conta da pandemia de coronavírus”, reforçou a secretária municipal da Saúde, Cecília Cividini.
Outro fator importante é que o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa) de 2021 acusou alta infestação do mosquito da dengue em alguns bairros da cidade. Foram encontradas larvas em 2,5% dos imóveis visitados entre os dias 4 e 8 de janeiro pelos agentes de combate a endemias, mas situação era crítica no Jardim São Cristóvão, onde a infestação superava 13% dos imóveis.
Altos índices também foram notados na região da Escola Municipal Malba Tahan (12%), Alto São Francisco (11,1%), Jardim Independência (10,3%) e Jardim Arco-Íris (9,3%). Outras 23 localidades apresentaram índice entre 1,6% e 8%. Por outro lado, em 33 bairros de Umuarama não foram localizadas larvas do mosquito (índice 0,0%). As unidades de saúde com maiores índices de infestação são a UBS São Cristóvão (7,8%) e Lisboa (6,6%). Outras 13 UBS tiveram índice entre 1% e 5,6% e em três não houve número significativo de focos do Aedes aegypti.
Os objetos de maior incidência para criadouros do mosquito da dengue são os vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo, bebedouros em geral e pequenas fontes ornamentais.