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11 de julho de 2020, 13:41

Governador aforma que Estado conta com apoio da sociedade no enfrentamento da pandemia

Para enfrentar o cenário, o Estado continua investindo em novos leitos de UTI. Londrina receberá nos próximos dias mais 30 leitos de UTI e 42 leitos de enfermaria; Cascavel teve a rede exclusiva para Covid-19 ampliada em mais 10 leitos de UTI e 7 enfermarias; e o Litoral recebeu mais 4 leitos de UTI

O governador disse que as medidas mais restritivas têm como objetivo a preservação da vida. Foto: AEN
 



O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou nesta sexta-feira (10) em entrevista ao programa Balanço Geral, da RIC, que o Estado mantém o equilíbrio no combate ao novo coronavírus com apoio da sociedade. Ele agradeceu o esforço da população, o compromisso com o isolamento social e os cuidados com a higiene.

Ratinho Junior reforçou que o Paraná enfrenta momento delicado da pandemia por causa do inverno, por isso a necessidade do governo editar o decreto que limitou a circulação de pessoas em 141 municípios. “Conseguimos enfrentar a pandemia por mais de 100 dias sem quarentena. Mas houve uma evolução significativa no número de casos, era o momento de agir para frear a força do vírus”, destacou.

O governador disse que as medidas mais restritivas têm como objetivo a preservação da vida e que as regionais onde elas foram implementadas enfrentam dificuldades na pandemia. “Falávamos desde o começo da grande preocupação com o inverno, que é um problema da região Sul”, afirmou Ratinho Junior. “Precisamos de apoio no isolamento no inverno”.

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde, apenas os primeiros nove dias de julho concentraram 35% de todos os casos (13.175 de 37.001) e 30% dos óbitos (279 de 914) do Paraná. O crescimento registrado entre as duas últimas semanas epidemiológicas foi de 51%.

Estrutura hospitalar

Para enfrentar o cenário, o Estado continua investindo em novos leitos de UTI. Londrina receberá nos próximos dias mais 30 leitos de UTI e 42 leitos de enfermaria; Cascavel teve a rede exclusiva para Covid-19 ampliada em mais 10 leitos de UTI e 7 enfermarias; e o Litoral recebeu mais 4 leitos de UTI, com previsão de adicionar mais 6 leitos em julho.

“Há um cálculo epidemiológico feito pelos técnicos da Secretaria da Saúde que leva em consideração o número de casos por 100 mil habitantes, os óbitos pela mesma faixa populacional e a ocupação dos leitos de UTI. Em alguns locais o problema é a alta mortalidade, em outros a ocupação dos hospitais. Esse cálculo nos ajuda a encontrar o equilíbrio para atender da melhor maneira possível o cidadão”, explicou Ratinho Junior.

Ele também disse que o índice de isolamento social aumentou em alguns municípios depois do decreto. “A população tem respaldado esse momento. Talvez ainda não em um nível ideal, mas a taxa aumentou nos últimos dias. O decreto é justamente um freio”, sustentou o governador.

Ratinho Junior lembrou que o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) previa até 44 mil casos para esta sexta-feira. “Chegamos com 37 mil”, frisou o governador ao destacar a importância de ampliar o isolamento social. “Já tem surtido efeito”.

Planejamento

O governador também citou o planejamento adotado desde o começo da pandemia, que uniu olhar social e reforço na infraestrutura hospitalar. Ele citou a inauguração de 850 leitos novos de UTI e mais de 1,2 mil leitos de enfermaria em pouco mais de 100 dias, e a entrega de três hospitais regionais que tiveram suas obras aceleradas em Telêmaco Borba, Ivaiporã e Guarapuava.

Outra estratégia adotada desde o começo foi a testagem massiva da população. O Paraná tem capacidade diária de processar 5,6 mil testes RT-PCR, considerado padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e distribuiu mais de 300 mil testes rápidos aos municípios. Houve, ainda, contratação de mais de 1.000 profissionais e bolsistas ao longo desse período.

“Toda decisão foi planejada. Começamos esse plano em fevereiro. Já tínhamos começado um processo de descentralização do atendimento em saúde, com fortalecimento dos hospitais regionais e da parceria com as unidades privadas e filantrópicos, em especial por causa da dengue, e ampliamos a rede com rapidez”, afirmou Ratinho Junior. “E não é apenas abrir leitos, mas equipamentos, insumos, medicamentos e médicos e enfermeiros preparados”.

No aspecto social, ele citou o programa Cartão Comida Boa, criado para complementar o auxílio emergencial, e as linhas de crédito oferecidas pela Fomento Paraná e pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Apenas a primeira instituição fechou o primeiro semestre com R$ 119 milhões em valores contratados em 13,7 mil operações. O número é mais que o dobro dos 5.640 contratos firmados em todo o ano de 2019.

Aulas 

Ratinho Junior disse que ainda não há previsão para o retorno das aulas e que esse modelo está sendo estudado pelo Comitê de Volta às Aulas. “Não teremos aulas presenciais até setembro e estamos estudando as formas de retorno, amparado por modelos internacionais. Essa decisão será tomada na hora que tivermos condições para preservar a saúde das crianças, dos professores e das famílias”, afirmou.

Enquanto isso, o Governo do Estado aprimora diariamente o modelo de ensino a distância para não deixar os cerca de 1 milhão de alunos da rede estadual desassistidos. Isso inclui diversas plataformas, com aulas pela internet, pela TV aberta ou entrega de materiais aos estudantes. O modelo é reconhecido como um dos mais eficientes do País.


Com informações AEN


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