Retomada das atividades trará desenvolvimento a 30 municípios da região. Foto: AEN-PR.
A parceria operacional que une a Averama à Jaguafrangos teve início na tarde desta quinta-feira (28) e contou com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior, que veio especialmente para prestigiar o empresário Célio Batista Martins Filho, responsável pela retomada das atividades do frigorífico de aves com unidade em Rondon.
Neste primeiro momento 500 empregos diretos já foram garantidos e a previsão é de 1,5 mil ao final de 36 meses. A unidade vai atuar em 30 municípios, com investimento total de R$ 35 milhões em recursos próprios. A tecnologia que será utilizada é a mesma dos grandes players no segmento avícola mundial.
Num primeiro momento a comercialização será em todo o Paraná e na sequência em todo o território nacional e exportação para o mercado externo. Serão contratados 500 funcionários em cada uma das três fases do projeto, totalizando 1,5 mil trabalhadores diretos.
A produção está projetada em 4,752 mil toneladas para a primeira fase, 9,504 mil toneladas na segunda fase e 14, 256 mil toneladas na terceira fase, totalizando 171,072 mil toneladas em um ano. Já o sistema de logística vai empreender 45 carretas por dia, 1.018 por mês e 12 mil por ano. O sistema de integração vai incorporar a produção de 252 aviários de toda a região de Rondon e a expectativa é de o projeto estar funcionando a todo vapor em 36 meses.
SUPERAÇÃO
O empresário Célio Batista Martins Filho afirmou que a geração e distribuição de renda são fundamentais na região. “A instalação de empresas aqui é mais rara, em função da distância de grandes centros do Estado. E é preciso destacar ainda que, além da geração de empregos - diretos e indiretos -, agora estão abertas as portas para os micros e pequenos empreendedores, que terão a oportunidade de formarem uma estrutura para terceirização da prestação de serviços para a Averama. Isso é realmente de grande valor", analisou.
Bastante emocionado, Martins Filho falou sobre a alegria que sente com a reativação do Grupo Averama. “Foram muitos os desafios que já enfrentamos e nunca desistimos perante o risco de desmonte total do complexo avícola, construído pelas nossas mãos com muito trabalho, a partir de uma pequena granja de aves. Não fraquejamos nem revidamos os muitos ataques, apenas mantivemos nossa fé em Deus”, afirmou.
Ele relatou que sempre teve muita confiança em dias melhores, mesmo atravessando fortes temporais. “Fomos obrigados a abaixar a cabeça e escutar calados as calúnias lançadas contra mim e minha família. Lutamos, na justiça e fora dela, para impedir que a Averama fosse destruída, vendida aos pedaços. Não houve um dia sequer que não tenhamos acreditado na sua reconstrução e agora, graças a Deus, estamos aqui, iniciando uma nova fase”, relatou.
O empresário comentou ainda sobre os novos tempos para a Averama. “Há dois anos e meio venho lutando para pavimentar o caminho para a concretização dessas parcerias operacionais, aqui em Rondon, com a Jaguafrango, e em Umuarama, com a Plusval. Provamos que não foi em vão nossa luta. Sabemos que ainda serão muitas as dificuldades, porém tudo caminha para que os bons tempos estejam de volta. Dessa união com a Jaguafrangos e Plusval vamos produzir mais de 25 milhões de quilos de frango por mês, voltando a gerar mais de 3 mil empregos diretos, fomentando 450 aviários integrados, incubatórios, matrizeiros e fábrica de ração, tudo em pleno funcionamento, como merece nossa região”, finalizou.